8 de outubro de 2019

Elementar!



Gosta de uma boa trama policial, de seguir de perto a investigação, de reparar nas pistas, descobrir incongruências, antecipar-se aos protagonistas? Está preparado para ler os casos, ouvir testemunhos, registar factos? Já se imaginou na pele de um Sherlock Holmes ou do seu fiel companheiro Dr. Watson?

Se as respostas às questões anteriores são afirmativas, então é bem provável que goste de de viver os casos propostos em Sherlock Holmes Consulting Detective – The Thames Murders & other cases!

Este jogo, da autoria de Gary Grady, Suzanne Goldberg e Raymond Edwards, magnificamente ilustrado por Pascal Quidault, Arnaud Demaegd, Nerlac e Bernard Bitler, numa edição da francesa Space Cowboys, reinventa, de alguma forma, os livros-jogo de aventuras, nos quais a história vai sendo construída em função das ações que escolhemos, e que nos fazem saltar de um parágrafo para um outro.




Londres. 12 de março de 1988. Um corpo é encontrado. A investigação começa.

Não seremos Sherlock! Mas é ele quem nos convoca, nos apresenta o caso e nos manda em missão.

Somos um dos Irregulares de Baker Street. Gente da rua que vive nas sombras, observando e escutando, ajudando o famoso detetive. 




As primeiras informações sobre o caso, as circunstâncias da morte, os primeiros relatos, pessoas a contactar em busca de informações.

Sobre a mesa, o mapa de Londres, repleto de locais que se podem vir a revelar importantes, e também de becos sem saída.




Os jornais dos dias anteriores com as notícias da época, os eventos sociais, nascimentos, casamentos e mortes, a economia, o desporto, as artes, a cena internacional, as trivialidades, os classificados.

Permitirão juntar pistas, nomes, conhecimentos? Permitirão confirmar alibis? Levarão a motivos insuspeitos? Ou serão, apenas, irrelevantes para o caso?




O Diretório de Londres, com a lista alfabética de pessoas, instituições e moradas.

Musgrove, Lord Gordon, 79 NW, que é o mesmo que dizer 79 Noroeste.

Winchester Arms Co, 21 EC, East Central, sob o cabeçalho Gunsmiths.



Moradas a cruzar com o mapa.
Mapa a cruzar com moradas.
Medir distâncias e tempos.

O Rio Tamisa, o Parlamento, a Embaixada Americana, a New Scotland Yard.
Regent Street, New Oxford Street, High Holborn.

Nomes familiares a quem já por lá andou. Nomes que se tornam familiares ao longo da história, Nomes que se tornarão familiares ao longo da história, nesta Londres de há 230 anos.




O desenrolar do jogo é simples: escolhe-se um local, com base na informação disponível, para visitar ou para entrevistar alguém; procura-se o parágrafo correspondente no livro do caso; lê-se a nova informação; reflete-se e repete-se o processo.

Podemos sempre contar com algumas ajudas importantes, como Sir Jasper Meeks, o médico legista do Hospital de Saint Bartholomew, Porky Shinwell, o dono do Pub Raven and Rat, Langdale Pike, colunista social, ou o próprio Holmes, entre outros.

No final, há que comparar o nosso percurso dedutivo, e o resultado obtido, com a solução do Mestre. Ficaremos próximos?


A experiência começou em solitário, mas será, sem dúvida, mais divertida a dois ou a ou a três, cruzando opiniões, discutindo o que fazer, formulando hipóteses.

E depois de um caso resolvido, o que precisará, talvez, de um bom par de horas, há mais outros nove à espera! E depois de todos resolvidos, que tal ser narrador para um novo grupo de jogadores?

Um excelente jogo, que se lê, ou que se vai lendo, e conversando.

Anoitece em Londres.

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