A RiaCon proporcionou algumas viagens no tempo, entre um passado, medido em décadas, e o presente, pronto a estrear, como todos os presentes costumam ser.
A manhã começou com um reencontro marcado, após qualquer coisa como 35 anos (!), com o Fernando Zamith, antigo parceiro e adversário nas competições oficiais de xadrez do distrito de Braga, em finais dos anos 70 e início dos anos 80.
Para assinalar a ocasião nada melhor do que uma partida de Petróleo, um jogo dessa mesma época. A capa da caixa e o tradicional aspeto sobre a mesa suscitaram foram suscitando vários “Ena, pá! O Petróleo!!”, de quem ia passando e conhecia esta ou outras edições.
Depois foi tempo de o Fernando se juntar ao torneio de Catan e, mais tarde, às sessões de Vilar de Mouros, um jogo da sua autoria.
Quanto a mim, sempre de máquina fotográfica pronta a disparar, era altura de dar um salto no tempo, para um dos jogos deste 2019.
Foi assim que fui convidado para me juntar a uma mesa em preparação para Escape Plane, um dos jogos recentes de Vital Lacerda.
Após o assalto realizado, há que conseguir recuperar o máximo do dinheiro, espalhado pela cidade, iludir a polícia em perseguição e atingir uma saída segura.
Como companheiros do crime, e rivais na fuga, Olavo, Adriano e Sérgio.
Muitas escolhas para fazer: visitar locais, recolher dinheiro, comprar equipamento de proteção, fazer contactos, desviar as atenções, tentar não se fazer notados, evadir a polícia, vigiar os rivais, planear a saída airosa, em local desconhecido de início.
E o tempo que é tão curto!
Para o final ficam outras decisões críticas. Sair mais depressa ou arriscar e tentar “faturar” um pouco mais. Segurança ou risco? Ambição? Ganância?
Acabei por sair. Salvo, mas não completamente são. Umas quantas feridas. Umas quantas notas. Longe do sucesso de outros assaltantes.
À tarde continuaram as viagens através do tempo e do espaço. Agora até ao Brasil de meados do século XIX.
Sobre a mesa o protótipo de Magnanimous, o jogo já em fase final de desenvolvimento. À volta da mesa o autor, Caetano Foschini, e Paulo, a bisar a experiência do protótipo.
De assaltante, de manhã, a barão proprietário de terras à tarde.
Aqui o jogo é, obviamente, outro: gerir recursos, exportar mercadorias, conter a Guerra do Paraguai, ganhar influência política, aprovar ou chumbar referendos, capitalizar na influência e capacidades de ministros, e subir, subir na escala da nobreza.
Com cartas e dados, muitos dados, para usar sem rolar.
Pelo meio, algumas conversas, uma olhadela às mesas bem preenchidas, aos jogos em exposição, às vendas em primeira ou segunda mão, às rifas.
E fotografias. Aqui ficam algumas.
Zauberei |
El Grande |
Tobago |
Trickerion |
On Mars |
CO2, Second Chance |
Wingspan |
Crokinole |
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