29 de novembro de 2020

Feito à mão

 

Jogar e fazer jogos. 

Sempre foi uma coisa de família. 

Desde o tempo a.c., antes de Catan.

Bem antes do outro tempo a.c., antes do Computador.

Onde tantas vezes o melhor era mesmo dar uso aos marcadores e lápis de cor, à tesoura e à cola, e até à madeira. A que se juntava a máquina de escrever, a preto e vermelho, para dar às regras um aspeto mais acabado.

O Jogo do Rei de Ur e o Jogo da Palmeira, com raízes na história das civilizações, aqui recriados pela minha irmã, algures na década de 1970.


















5 de novembro de 2020

Dois anos de encontros



Passaram dois anos desde a criação deste blog. Um ponto de partida para uma viagem sem destino, e sem rumo definido, com os jogos por companhia. Sobretudo os “meus”, alguns com uma existência que se conta em décadas, outros recém-chegados. Vagueando pela terra dos jogos.

Durante muito tempo, os jogos foram sobretudo mundos para explorar e, como se costuma dizer, para passar, bem, o tempo. Em solitário, em família, no círculo de amigos. Nessa altura, pouco vislumbrava dos criadores dos ditos. Muitas das caixas não ostentavam sequer os seus nomes. Mais conhecidas eram algumas editoras, como a Majora e a Karto, por cá, ou Avalon Hill e JeuxDescartes, por outras paragens.

Muito mudou desde então, como venho descobrindo graças às curvas do caminho, e à vontade de explorar os trilhos que vou encontrando. Do blog de textos, projeto a solo, passei às traduções de ocasião. Das traduções à revisão de regras. Da revisão à análise e opinião sobre regras de jogos ainda em desenvolvimento. Daqui à escrita de textos narrativos, para enriquecer as histórias. Das regras aos testes em que processos e equilíbrios são postos à prova. Sempre subindo para montante no processo de desenvolvimento, encontrando-me com os criadores.

Os contactos multiplicaram-se rapidamente. Uns meramente pontuais, outros regulares, uns quantos a meio caminho, à espera que a história se continue a desenrolar. As colaborações pelo mero prazer de contribuir, próprias do passatempo, coexistem agora com colaborações profissionais.

Os jogos passaram a ter pessoas por detrás, e pela frente. Muitas pessoas, com história, com projetos, com sonhos, com desafios, com ansiedades, com dificuldades, com percursos semelhantes ou radicalmente diferentes. Pessoas. 

Listá-las é um ato arriscado, porque posso esquecer-me de algumas… Até porque já não são poucas! Mas vale a pena correr o risco! E, assim, aqui fica uma lista de pessoas e de empresas com quem colaborei, ou venho colaborando, de uma forma ou outras.


David Mendes - Pythagoras Games            José Antonio Garrido - MasQueOca

                             Gil d'Orey - MEBO Games                Orlando Sá

                Mateusz Kupilas              Francisco Álamo - Maldito Games

Paul Grogan - Gaming Rules                      Colin Webster                     Pablo Garaizar

                Martin Zeeb - Board Game Circus              Janice Turner - Wren Games

Chris Anderson - The BoardGame Workshop                     André Santos

        Pedro Kerouac             Petr Vojtěch - Time Slug Studio           Shayan  Sharks
  
David Liu - Moaideas Game Design                  Joel Bodkin                     David Digby  

           Andrew Bosley - Witts End               Przemek Dołęgowski - Lucky Duck Games
               
Caezar Al-Jassar - Alley Cat Games                 Matteo Gravina - 3 EMME

    Eric Francis              João Quintela Martins - Art and Games         Pedro Silva

             Fabian Fischer - Crimson Company            Jeff Beck - Uproarious Games
           
Dawson Cowals - Cohort VIII Games             Lukus Adam                     Robert Elliott

        Jonathan Gilmour - Pandasaurus Games            Steffen Rühl - Funtails

Scott James - Minerva Tabletop Games           Jordi SamRod - 2Tomatoes

                      Carla Kopp - Weird Giraffe Games                   Robert @StartPlayer  

                                       Wonmin Lee - Pegasus Games                Gottani                                   


Ao mesmo tempo, os encontros foram-se multiplicando também em torno das mesas de jogo, partilhadas com conhecidos e com desconhecidos, com jogadores e com autores, com editores e organizadores.

Invicta Con 2018 (Gondomar)

Leiria Con 2019 (Praia da Vieira, Leiria)

Ria Con 2019 (Estarreja) 

Invicta Con 2019 (Gondomar)

AFK Party (Cacia, 2020)

Os encontros do Grupo de Boardgamers de Aveiro.




Depois, bem ... depois veio a pandemia, e sucederam-se os cancelamentos. Os encontros foram, suspensos, adiados, reprogramados, alguns a reabrirem, a fecharem novamente. Os jogos voltaram aos círculos mais restritos.

Bem, não inteiramente. Alguns foram desmaterializados, migrando para as plataformas digitais que abundam, ou para as novas formas de jogar à distância, já não por correspondências através do correio, mas através de ligações vídeo ou de conversação. 

É verdade que não é a mesma coisa, não tendo a mesma proximidade nem a relação com o jogo enquanto objeto físico. Mas também é verdade que não só possibilita continuar a jogar, como permite encontros com quem, de outra forma, nunca seria possível.

E foi assim que participei na minha primeira convenção virtual, a Virtual Gridcon, organizada por Paul Grogan.




Passaram dois anos desde que rumei ao mundo dos jogos. 

A coleção cá de casa continuou a crescer.

Mais uma trintena de mundos.

Com pessoas por detrás.


    





Anachrony     Arboretum     Azul     Blackout Hong Kong     Castles of Burgundy

Cerebria     CO2 Second Chance     Codenames     Concordia     Counter Attack

Heaven and Ale     Istanbul     Jetpack Joyride     Just One     Kanagawa

Keyflower     Kingdom Defenders     Moon     Newton     Railroad Ink - Deep Blue 

Rossio     Sagrada     Saltlands     Santorini     Sherlock Holmes - Detective Consulting

Solenia     Star Wars Outer Rim     Suburbia     Takenoko     This Guilty Land

Tokyo Highway     Whales Destroying the World