Tabuleiros e peças de cartão são componentes comuns a muitos jogos do tabuleiro, remetendo para o plano e a vida a duas dimensões. Mas não tem de ser assim. Nem nos jogos que usam, de facto, um tabuleiro como parte essencial, nem naqueles que se jogam sobre uma mesa e prescindem do tabuleiro. Os exemplos abundam, e atravessam décadas.
Um para todos. Um jogo que já passou pelo blog. Uma questão de equilíbrio, sempre instável. Optando entre colocações mais seguras ou de maior risco. Tentando condicionar as opções dos adversários. E, quando o desastre ocorre, apanhando todos os palhaços caídos. Criação que remonta ao início da década de 1970, da autoria de Theo e Ora Coster, fundadores da Theora Design, Israel.
Quarto. Uma das muitas ramificações do Jogo do Galo. Quarto porque o alinhamento é de quatro elementos. Mas que se desdobram em múltiplas possibilidades, porque cada peça tem ela própria quatro atributos: cor clara ou escura, baixa ou alta, de base circular ou quadrangular, oca ou cheia. Com um detalhe adicional: nós escolhemos a peça que o adversário vai colocar! Um jogo de Blaise Muller (1991).
Tokyo Highway. O jogo que, invariavelmente, despertou mais curiosidade nos visitantes! Uma instalação de cores e formas sóbrias, pontuada por pequenos automóveis coloridos. Como se jogaria? É uma mistura de jogo de estratégia e de destreza. Construindo a nossa estrada, com segmentos sempre do mesmo tamanho, e que nunca tem troços planos. Construindo pilares, de forma a passar por cima, ou por baixo, dos caminhos já traçados. Evitando obstáculos. Da autoria de Naotaka Shimamoto e Yoshiaki Tomioka (2018).
Santorini. Em tons de branco e azul, imagem apelativa da ilha grega e na mesa de jogo. A ilha vai ganhando forma à medida que as construções são erguidas. Primeiro, movemos um dos nossos construtores, depois colocamos um andar de uma casa, construindo um andar de cada vez, encimando com uma cúpula azul. O objetivo: ser o primeiro a chegar ao topo. Com a possibilidade de jogarmos com figuras mitológicas, cada uma com o seu poder próprio. Uma invenção de Gord! (2016).
Photosynthesis. Um jogo de luz e de sombras, literalmente. Com o Sol que roda em torno do tabuleiro, árvores que vão crescendo e lançam não só sementes, mas também as suas sombras, sombras que impedem o crescimento de outras árvores. Uma luta constante, antecipando a próxima rotação do Sol, procurando ocupar o espaço, almejando fazer crescer as árvores, para depois as cortar. Descobre mais aqui. Um sonho de Hjalmar Hach (2017), servido pela arte de Sabrina Miramon.
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