17 de novembro de 2018

Photosynthesis



As cores! Os tons! As árvores! Só de olhar dá vontade de descobrir o que se esconde por detrás da arte de Sabrina Miramon. Ainda mais nestes dias de Outono, também eles vestidos com luz e sombras, tingidos com uma palete alargada de cores, tanto no céu como nas folhas que começam a cair. Bem-vindos ao mundo de Fotossíntese, uma criação de Hjalmar Hach!

Os princípios que regem este mundo, dependente do Sol, são muito fáceis de compreender.

As folhas das árvores recebem energia do Sol. Árvores maiores têm mais folhas e, por isso, captam mais energia. As árvores projetam uma sombra, em função da posição do Sol. Árvores maiores projetam sombras maiores. Árvores à sombra não recebem energia. Há um pormenor importante: a posição do astro-rei muda a cada jogada, rodando à volta do bosque, pelo que a direção da luz e, portanto, das sombras, está em constante mudança. Esta é a primeira fase de cada jogada: o armazenamento de energia, contada em pontos de energia.


O tabuleiro de jogo representa um pequeno terreno onde a vegetação se desenvolve. Uma semente é lançada na terra. Da semente nasce uma pequena árvore. Esta cresce. Depois, cresce ainda mais. Durante todo este processo pode libertar novas sementes, sendo que quanto mais alta for a árvore mais longe podem chegar as sementes. Por fim, a árvore alta é abatida. Cada um deste passos requer pontos de energia.

O jogo, em traços largos está explicado: cada jogador planta, desenvolve e abate árvores de uma mesma família, representada por uma cor. Para isso tem de escolher cuidadosamente onde lança sementes, que árvores faz crescer e quando, qual o momento para as abater e como gere o viveiro de sementes e árvores. Tudo isto, tendo sempre em conta o movimento do Sol, a luz e as sombras!


Ao fim de três revoluções do Sol termina o jogo, ganhando quem tiver mais pontos de vitória. Estes ganham-se apenas quando as árvores maiores são abatidas. Mas o bosque não é uniforme: há zonas de solo mais “ricas”, valendo mais pontos.

Este é um jogo para 2 a 4 jogadores, que se pode começar a jogar em 15 minutos, já incluindo o tempo necessário para montar as árvores.

Joguei apenas algumas partidas a 2 e 3 jogadores. A 4 o pequeno bosque será muito mais denso, aumentando a luta pela luz e os efeitos da sombra.

O manual inclui duas regras avançadas: ter o Sol a dar mais uma volta, prolongando o jogo; e não ser possível plantar uma semente ou fazer crescer uma árvore nas zonas de sombra. Coisas a experimentar!


Gosto muito da estética; do mecanismo de jogo simples mas cuidado; do manual, também ele bem conseguido; do tabuleiro de cada jogador, que contém os auxiliares de informação necessários; da caixa ser suficientemente grande para permitir guardar as árvores sem as desmontar, reduzindo assim o desgaste das peças; e de não se ter recorrido ao uso de plástico.

A jogar mais!

Jogo: Hach, Hjalmar. Photosynthesis. Pont-à-Mousson, França: Blue Orange, 2017.

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