A ideia terá surgido algures por volta da mudança do século, mas faltam registos para ajudar a precisar. O caderno, um dos vários onde deposito ideias, notas, rascunhos e esboços, não continha datas.
Depois ficou por aí, pouco amadurecida, meia esquecida, pairando de vez em quando, competindo com outras, ao sabor do tempo e dos tempos, por entre folhear de páginas e arrumações.
Ressurgiu recentemente numa conversa com o Pedro Gordalina, a propósito de projetos em curso e de projetos pendentes, durante a Invicta Con em novembro passado.
E poucas semanas depois voltou a ganhar lugar num caderno, agora com entradas datadas. Na primeira: “27/11/2019” e uma designação provisória.
Na página 1 anotações sobre o tema, o objetivo ou objetivos, o local para a ação, os conceitos base para a experiência do jogo, as sensações à volta do tema. Uma remissão para os apontamentos do passado, aproveitar, acrescentar, guardar.
Depois, uma primeira exploração. Notas para a versão base, para possíveis versões avançadas ou até expansões. Visões para o tabuleiro ou para os tabuleiros. Objetivos, mecanismos possíveis, materiais. Despejando, para depois analisar, filtrar, hierarquizar.
Sublinhar: começar pelo básico, desenvolver progressivamente, evitar complicar em demasia (uma tendência sempre presente, a puxar um lado mais de simulação).
Da ideia para o caderno. Do caderno para a mesa.
Papel e cartolinas, lápis e escantilhão, um pião.
Para experimentar, mexer, sentir, avaliar.
Fases iniciais, com regularidade crescente.
Esboçando, em 2020.
Sem comentários:
Enviar um comentário