5 de novembro de 2022

Muito para lá do horizonte

 


Levantando âncora.  Como este navio, no início de setembro de 2016. Era O Ano do Macaco. Um ano pleno de partidas em direção ao desconhecido, rompendo com rotinas bem estabelecidas. Mudando de rumo, no livro do mesmo nome, da autoria de Patti Smith, como na vida real. 

Levantando âncora. Outubro de 2018. O início de uma contagem decrescente que poderia não ter acontecido sem os eventos precedentes. Tudo pontos interligados. Em direção (de volta) à terra dos jogos. Começando por juntar palavras, fotos, jogos e idiomas. Coisas de que gosto. Dando forma a um blogue. Com uma vaga noção de querer estar mais envolvido no mundo dos jogos de tabuleiro. Sem propriamente um plano. Vagueando, apenas. Ansiando pela viagem. Mesmo sem vislumbrar costas seguras no horizonte.

Quatro anos depois. O percurso tomou direções nunca antes maginadas, nem sequer em sonhos antes de deixar o porto. Olhando para trás, eis uma lista de 10 coisas que fiz durante estes tempos, sem ordem particular e escolhidas entre muitas outras:

Mais de 50 traduções de livros de regras, aumentando a acessibilidade, muitas das quais para a MasQueOca e TheGeekyPen, incluindo jogos como Concordia e Pavlov’s House. Obrigado, José Antonio e Jo Lefebure, pela oportunidade inicial e pela contínua confiança!

Entrevistas com Dávid Turczi, Sabrina Miramon, Sarah Shah e Don Woods, que gentilmente aceitaram dar algum do seu tempo a um blogue de pequena dimensão, partilhando perspetivas sobre o trabalho com jogos de tabuleiro.

Pequenas histórias para apresentar A Ilha dos Gatos, cortesia de Frank West enquanto generosamente procurava produtores menos conhecidos de conteúdos, e Welcome to Sysifus Corp., graças a Wonmin Lee.

A narrativa para a história principal e cenários de Ynaros Fallin’, graças à confiança e liberdade criativa proporcionadas por Ugo Tomasello, e à sua abordagem muito profissional a este seu primeiro projeto, da criação à produção. Um jogo que em breve chegará ao Kickstarter. 

Júri e mentor no The Board Game Workshop Design Contest, destinado a jogos em desenvolvimento, graças a todo o empenho de Chris Anderson e ao ambiente acolhedor que conseguiu criar.

Aprendendo com Paul Grogan, sempre acolhedor e disponível para partilhar o seu conhecimento e as suas abordagens, e concedendo também a possibilidade de pequenas contribuições nos bastidores de Gaming Rules! Uma oportunidade única para alguém que gosta de livros de regras e do trabalho com eles relacionado, nas suas variadas formas.

Colaborando com Orlando Sá nas fases finais de desenvolvimento do Rossio e do Pessoa, sempre aberto a uma troca de opiniões e a partilhar a sua visão e experiência, levando a outras conversas muito para lá dos jogos. Obrigado pela amizade!

Testando jogos como The Smoky Valley (Claude Sirois, Spielworxx), Lanzerath Ridge (David Thomson, Dan Verssen Games), e That Others May Live (Brad Smith, Hollandspiele – a editar), entre outros. 

Uma apresentação na LeiriaCon, a mais internacional das convenções portuguesas de jogos, por cortesia de Micael Sousa, e na qual abordei mais de 50 anos de jogos (meus) em não muito mais de 10 minutos!

Uma exposição de jogos de tabuleiro no Universidade de Aveiro, graças à Margarida Almeida, que me faz pensar nos jogos também como uma coleção, e como os apresentar, para usufruto de maiores audiências. Um desafio inesperado e recompensador!


A viagem continua!

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