De volta a casa, finalmente!
À vista familiar das cidades e das montanhas que flutuam no ar. As grandes naves que vagueiam através do céu, velas desfraldadas ao vento. Os balões, movendo-se para cima e para baixo, transportando mercadorias das ilhas de produção. A luz do sol, brilhante.
Tantas memórias emergindo rapidamente. Sinto como se não tivesse deixado o planeta há tanto tempo.
Exceto por uma coisa. Enquanto no planeta azul noites e dias sucediam-se, marcando o ritmo e proporcionando descanso, aqui nunca há escuridão no lado norte, e nunca há luz no hemisfério sul. E isso está a ser mais difícil de superar do que o desfasamento provocado pela viagem através do espaço.
As pessoas adaptaram-se, através dos tempos, de modo a tornar possível a vida em ambas as áreas. As actividades e o comércio foram segregados, em conformidade. As florestas e os campos de cultivo encontram-se a norte, e a madeira e o trigo resultantes são transportados para o sul. Pedras e água, abundantes na parte inferior, fazem o percurso inverso.
E, por isso, viajar por este mundo, abastecendo todos, é mais do que um trabalho: é uma missão merecedora das maiores honras.
Sim. Esta é a minha casa. Isto é Solenia!
| Cidades flutuantes |
| De velas desfraldadas ao vento |
| Mais um carregamento concluído |
| Em busca de matérias-primas |
| Através dos céus |
| Água |
| Noite estrelada |
Dujardin, Sébastien, Solenia, Frasnes, 2018: Pearl Games.
Ilustração de Vincent Dutrait.
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